sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O blog do Zé de Abreu

Zé vai fazer PANDIT,o sacerdote brâmane que oficia as cerimônias e orquestra os acordos de casamento em CAMINHO DAS ÍNDIAS.

Ele está voltando de lá e conta tudo sobre essa experiência única.

Leia o diário de bordo aqui, no BLOG DO ZÉ

10 comentários:

Matheus Braga disse...

Esse é Fera...Parabéns pela esclolha!!!Abrs. Matheus Braga!!!
www.matheusbraga.com.br

lucas disse...

assistiu o 'marilia gabriela entrevista' desse semana?!?!?!?!

num vai deixar ela de fora heim....claro, se souber do que estou falando ;)

bbjoao disse...

Ow nem acredito que essa proxima novela vai ter Índia, Morei 6 anos em Templo Hindu no Brasil passei 1 mes dando consultoria para empresarios brasileiros na Índia, hj faz 16 anos que entrei na ISKCON, tenho 30 anos de idade, hj moro nos Estados Unidos, mas tenho Globo e ja seique vou me emocinar ao lembrar os "velhos tempos de mim".
Tenho grandes amigos na Índia e sei que podem lhe dar a mão caso necessite.
Me coloco em seus pés para ajudar no que vc quiser!
Boa Sorte,
Haribol

Anônimo disse...

Oi Gloria,

Sou jornalista e estive radicada em Delhi/India por alguns anos, quando trabalhava para a Globonews e BBC World Service. Nos últimos 10anos tenho dividido minha vida entre aqui e lá, trabalhando agora mais na área humanitária.

Fiquei super feliz de saber esta semana que sua próxima novela será baseada na cultura indiana. Acho que pode ser uma ponte para unir mais estes dois povos tão bonitos, tão diferentes e ainda assim com tanto em comum. Inclusive uma sugestão para vcs, seria tentar contatos no sentido de a novela ser transmitida ao mesmo tempo lá. A TV indiana anda ávida por coisas novas. Como vc sabe, China e India são os lugares do momento...

Bom, queria também me colocar a disposição, no caso de vc precisar de assessoria ou assistencia na produção lá. Conheço a filosofia e a cultura a fundo, e tenho amigos e contatos em várias áreas que talvez possam facilitar o entrosamento dos atores.

Passei anos estudando a filosofia da India, inspirada por estudos espirituais e meditação. A história da India é fascinante e misteriosa, mesmo para os indianos. Um pouco mais sobre este trabalho encontra-se no website – www.cycleoftime.com, e tambem no meu livro O Ciclo do Tempo/Ed. Record.


Um abraço,
e muito sucesso!
Simone Boger

simoneboger@hotmail.com
48 91 18 66 60

Anônimo disse...

Índia - entre shoppings e chapattis


Gloria, um artigo recente q talvez possa ser util, publicado por uma revista de yoga.

ab, Simone
simoneboger@hotmail.com
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A jornalista Simone Boger visita a Índia mais uma vez e enxerga um outro lado do país do Yoga

30/08/2008





Confesso que perdi um pouco o encanto e a magia que sentia pelas terras de Bharat, mas acrescento logo que o "problema" é todo meu, um pouco como a amante que gradualmente perde o interesse pelo amado. O desinteresse, neste caso, parece ter sido uma lenta e imperceptível perda do romantismo que por tanto tempo me permitiu viajar no presente, passado e muitas vezes dar um salto no futuro, em um mesmo momento, em um mesmo lugar...

Por ter observado tantas pessoas chegando no país pela primeira vez, sei como é difícil permanecer neutro ao entusiasmo que a Índia provoca. A perplexidade impera nos primeiros momentos, mas logo a tontura inicial abre espaço para uma condescendência que pode virar um caso de amor - a maioria das vezes, mas nem sempre. Não é apenas a overdose de estímulos sensoriais, a bagunça que segue organizada, e tudo o mais que vem junto; penso que tem a ver com a história da alma. Por essa razão tenho buscado em mim mesma um resgate daquele ‘romantismo’ que me permitiu por tanto tempo conseguir ver resquícios de uma era dourada enquanto trafegando caminhos difíceis. A Índia não é um lugar fácil.

Talvez coubesse aqui um aviso aos amantes de primeira(s) viagens: faz toda a diferença chegar envolto em uma aura meditativa. Não apenas pela paciência e poderes de estabilidade e tolerância que ela nos dá, mas pelo fato de uma mente tranqüila conseguir ver as jóias no meio do pó.

A Índia é hoje, ao lado da China, o lugar para onde se voltam os olhos do mundo. Vivo em Delhi, uma cidade que vi crescer desenfreadamente ao longo de vinte e poucos anos. Não foi apenas a cidade que inchou, os produtos e carros que tomaram as ruas, mas também as pessoas que mudaram. É a mesma história de tantas outras cidades de um mundo globalizado.

Sei que tenho uma postura ambígua com relação à invasão da modernidade em uma terra com tradições milenares. É ingênuo pensar que a cultura não se perde, porque é visível, principalmente na geração mais nova, que os interesses mudaram, as tradições se diluíram, elementos de uma civilização que se manteve quase intacta por milênios. Na mitologia hindu, Vishnu é a divindade que simboliza esse sustento das tradições. Não por acaso, mas muito provavelmente sem querer, uma ficção recente tem em seu titulo ‘A morte de Vishnu’, que é também o nome do protagonista da história.

Por outro lado, embora pouco consumista, confesso que há dias em que não existe lugar mais arejado que um "shopping mall" limpo e fresco, especialmente depois de alguns meses com temperatura acima de 40 graus. Dependendo de onde você vive, a freqüente queda de energia mina o benefício do seu ar condicionado. É então que você se dá conta que tem que comprar um gerador de energia – o que não deixa de ser mais um investimento. Quando menos percebe, coisas que você pensava desnecessárias vão adquirindo caráter de indispensáveis. E sua vida simples torna-se um pouco mais complicada. Por isso, aqui, mais ainda, a necessidade de um "estágio espiritual" firme e forte...

Recentemente, conversando com uma amiga, falávamos da mudança de hábitos na educação e cortesia, na simplicidade perdida. Ela reclamava do toque constante do celular e se perguntava como tantos marketeiros descobriram o número dela. Falava das táticas que aprenderam a usar para pressionar as pessoas ao consumo. Poonam cresceu em uma Delhi civilizada, coberta de parques e jardins – para onde foram eles, perguntávamos. Seus pais eram médicos ayurvédicos, e havia uma magia de ancestralidade na rotina da sua casa, na escolha dos alimentos, na espiritualidade natural do cotidiano. Com o olhar cruzando os séculos, é desta simplicidade que tenho saudade.

Reconheço que vida é mudança, e no caso de Delhi, ela sempre esteve lá. Como uma casca de cebola, esta cidade que é o coração da Índia traz as marcas de tantos governos, culturas, e tradições que lá se estabeleceram. As ruínas aqui e ali são as cicatrizes na alma do lugar.

Um dos bairros que vivi na zona sul da cidade era uma área de fazendas há menos de três décadas. Delhi começou a se expandir desregradamente a partir da partição entre Índia e o recém-nascido Paquistão, quando milhões de refugiados se deslocaram para as periferias da cidade.

Hoje, sua dimensão, poluição e transito não ficam atrás de São Paulo. Uma situação mais recente é a segurança. Embora os assaltos de rua sejam quase inexistentes, existem outros tipos de violência crescendo exponencialmente. Os casos de ataques a turistas é um exemplo, principalmente em mulheres desavisadas. A Índia já foi lugar seguro para viajarmos sozinhas. Não é mais.

Talvez tenhamos que encarar o fato de que o mundo está mudando rapidamente e que embora existam avanços tecnológicos, há também uma radical quebra de valores. A visão da Índia tradicional e sábia é a visão cíclica do tempo, e ela diz que por estarmos na idade negra da história isso tende a se acentuar até um ponto de retorno. Oriente ou Ocidente, o barco da humanidade atravessa águas revoltas e o único porto seguro está dentro de nós.

Então caos e luz, cores e sons, a Índia é tudo isso e muito mais. Há essa história que nenhum outro lugar possui e que encanta residentes e viajantes, amantes antigos e novos. É o lugar onde tudo começou e de onde tantas coisas vieram, e novamente o lugar para onde tudo conflui. Não deixe de conhecer, mas vá com o coração aberto e o espírito forte.

Simone Boger é jornalista e autora do livro O Ciclo do Tempo (Editora Nova Era/Record). Um pouco de seu trabalho sobre história da Índia está website www.cycleoftime.com

Unknown disse...

Gloria...

A trilha sonora da novela, terá 'Ivete Sangalo', como andam comentando???


Beijos

Admiro muito o seu trabalho!!

Anônimo disse...

Oi Glória!
O José de Abreu é um grande ator e estava com saudade de vê-lo atuando em uma novela do horário nobre.Tenho certeza que você criou um ótimo personagem para ele.

Beijos
Victor Pires
victorjgpires@hotmail.com

Anônimo disse...

"Falta de respeito ao trânsito." A Índia é um enigma a ser experimentado de forma completamente livre da forma ocidental de enxergar e de conceituar as coisas. Ao andar pela Índia, não como turista mas mergulhando no meio do povo aceitando os costumes sem tentar mudar, o grande insigth que eu tive foi que para o povo indiano não existe tal coisa como "desrespeitar" isso ou aquilo, como ocorre no Ocidente. Para eles (o homem do povo, o guarda de transito, o comerciante, o motorista de ônibus, o vendedor de sáris) não existe algo como "agora estou respeitando" ou "agora estou desrespeitando". No trânsito e no (movimento do aeroporto) eu tive exatamente essa constatação: para o povo indiano a forma "caótica" de participar do trânsito e da rotina da vida comum nas ruas, mas lojas, em qualquer lugar, não cabe o termo "caótico", não existe esse conceito pra eles. Essa é a própria forma cultural deles, é a forma como eles entendem e organizam a vida do cidadão. Nao há pra eles o conceito de que algo está errado. Poderiamos dizer que eles lidam com o caos de forma tão absolutamente natural. Ou poderiamos dizer que o que pra nós é caos, essa é a forma de ser dos indianos. Tanto é que com todo aquele trânsito, absolutamente surreal para nós, nós não vemos lá uma quantidade de acidentes horríveis maior do que vemos no Brasil com toda a estrutura de transito que se tem aqui. Isso não significa dizer que eles estão certos. Só significa que pra eles não há o parametro de "certo" e "errado". Écomo visitar outro planeta.Os parâmetros deles são outros...

Anônimo disse...

UMA REFLEXÃO SOBRE A QUESTÃO CULTURAL DA ÍNDIA
Outro aspecto que me surpreendeu na Índia,foi a polêmica questão da miséria nas ruas. Foi para mim particularmente um grande insigth. Ao Sul da Índia , você vê brilho nos olhos dos pobres miseráveis nas ruas, e eu, enquanto caminhava e interagia com eles, me perguntava "como é isso?” “Não é bem como no Ocidente nós pensamos”. É... E não é, ao mesmo tempo. ACONTECE QUE OS POBRES DA ÍNDIA LÁ NÃO SÃO OS "EXCLUIDOS". ELES SÃO SIM CONCEITUADOS EM CASTAS DIFERENTES. HÁ AS DIFERENCAS BEM CLARAMENTE ESTABELECIDAS SOCIALMENTE. O QUE OCORRE É QUE NA ÍNDIA OS POBRES E MISERÁVEIS, ENQUANTO POBRES E MISERÁVEIS, SÃO TAMBÉM A SOCIEDADE E NELA ESTÃO “INSERIDOS” COMO PARTE DA TRADIÇÃO MILENAR. NÃO É FÁCIL ENTENDER ISSO E NEM EXPLICAR. PARA ELES NÃO EXISTE ESSE CONCEITO DE "SOMOS EXCLUIDOS". O que quero dizer não é defender que “isso ou aquilo” está “certo ou errado”. Só estou chamando atenção para o fato de que para o pensamento ocidental a Índia e sua cultura é um enigma e que nenhum ocidental conseguirá desvendar isso utilizando-se do pensamento ocidental. Conseguirá sim, desvendar, se primeiro mergulhar no pensamento oriental/asiático e a partir daí usar a razão oriental para compreender o que acontece na Índia.

Anônimo disse...

Acho que vale a pena conferir este site. Parece ter uma história bem interessante.
http://buscadaessencia.blogspot.com
Marcia