Maristela foi assassinada com um tiro covarde.
21 anos depois se consegue marcar o julgamento: se ele não acontecer até o mes que vem, o crime prescreve! isso mesmo -não é só a vítima que deixou de existir, o crime também.
Em países onde se dê mais valor à vida humana, um assassinato não prescreve nunca! pego 50 anos depois, o criminoso é mandado para a cadeia e cumpre a pena.
Aqui, não: se conseguir enrolar durante 20 anos, premia-se a esperteza: não houve mais crime nenhum, diante da lei! nada mais pode ser cobrado a quem puxou o gatilho contra Maristela.
Vamos esperar que essa aberração não se consuma, e que a familia de Maristela possa ter, finalmente, o direito de ver a justiça sendo feita!
Depois de 21 anos, caso Maristela Just finalmente será julgado
POSTADO ÀS 17:40 EM 26 DE ABRIL DE 2010
Nos próximos dias 13 e 14 de maio, haverá o julgamento do assassinato da estudante universitária Maristela Just pelo seu ex-marido, o comerciante José Ramos Lopes Neto, ocorrido em abril de 1989. A família, que já luta há 21 anos para que o processo seja devidamente julgado, está mobilizando toda a sociedade a voltar sua atenção ao caso, que prescreveria no próximo mês de julho. O processo será julgado na 1a. vara do Fórum de Jaboatão dos Guararapes, onde será submetido a júri popular.
O acusado, filho do renomado advogado criminalista pernambucano Gil Teobaldo, disparou na noite de 4 de abril de 1989 três tiros fatais contra a ex-mulher de 25 anos, um tiro na cabeça do filho de 2 anos e um outro no ombro da filha, então com 4 anos, além de ter deixado baleado o cunhado Ulisses Ferreira Just, quando o mesmo tentava socorrer a irmã e os sobrinhos. Os três feridos permanecem até hoje com sequelas graves, tendo o caçula o lado esquerdo do corpo paralisado e o cunhado, que tinha 27 anos à época, um projétil alojado na coluna de forma irreversível. O crime aconteceu na casa dos pais da vítima, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, e o acusado, mesmo após ter sido preso em flagrante e confessado a autoria dos crimes, permanece em liberdade desde 1990, aguardando o julgamento do processo.
Desde que foi informada a respeito da data oficial do julgamento, a família Just disponibilizou diversas informações e documentos sobre o caso, que hoje circulam na Internet através de e-mails, blogs e redes sociais. Foram criados ainda um blog oficial sobre o caso e um canal no Twitter, a fim de esclarecer melhor os fatos à sociedade. A campanha vem apresentando resultados significativos, com a manifestação de apoio de diversas autoridades e entidades pernambucanas, que, junto aos amigos da família, demonstram sua solidariedade e empenho em levar o caso ao conhecimento de um número cada vez maior de pessoas.
Sendo assim, pedimos que, se possível, ajude-nos a divulgar a situação e apoiar a família em sua luta por justiça.
Atenciosamente,
Fernando de Holanda Cavalcanti