quarta-feira, 23 de abril de 2008

Esse filme eu já vi!!!!


Foi desastrosa a entrevista do casal Nardoni, que ficou durante interminável meia hora diante das câmeras do Fantástico lastimando a própria sorte, sem demonstrar, em nenhum momento, dor ou indignação pela crueldade cometida contra a pequena Isabela.  

Em nenhum momento prestaram contas sobre os passos que deram depois da chegada ao prédio, para justificar a afirmação de que são inocentes! afinal de contas, só estavam ali, na tela da TV, porque estão sendo acusados de ter cometido um crime hediondo! E não é contando que telefonam para o papai todos os dias, que almoçam junto com a familia aos domingos, que vão convencer alguém de sua inicência! 

Fiquei impressionada quando o reporter perguntou ao "pai" como ele se sentia, sendo acusado pelo assassinato da filha! Alexandre Nardoni gaguejou e concluiu que não tinha resposta, porque ainda não tinha visto os laudos da perícia. A madrasta fez côro! 

Até o pedido para que o público ajude a localizar a tal "terceira pessoa", apontada por eles como o verdadeiro assassino, foi sugerida pelo reporter!  

Diante do fiasco dessa tentativa de emocionar o público com o sofrimento dos indiciados, e na falta de um álibi qualquer, a defesa dos Nardoni parece ter escolhido um velho e conhecido caminho: desviar o foco das atenções, lançando suspeitas sobre a mídia, a polícia, a perícia, as testemunhas, esforçando-se, enfim, por desacreditar tudo o que aponte para a culpabilidade dos dois! Tomara que a mídia não embarque nesse artifício. 

Do jeito que as coisas andam, não vou me surpreender se numa próxima entrevista, o casal acabe perguntando com "sincero" espanto: Isabela? quem é Isabela?

11 comentários:

Anônimo disse...

Concordo em gênero, número e grau.
E sabe o que eu acho mais interessante nisso tudo? Que a polícia, quando quer, faz. A quantidade de recursos e a velocidade da investigação neste caso são impressionantes!
A mídia pode estar sendo sensacionalista, mas o lado positivo é de que pelo menos com esta pressão toda, a mãe e a família desta menina vão poder, pelo menos, saber que alguém se moveu para descobrir que são os culpados.
Se isso vai dar em algum lugar, infelizmente, a história já é outra. Revoltante só de pensar.

Anônimo disse...

É triste saber q existe pessoas assim no mundo!!! Capazes de cometer um ato cruel e sem chance de defesa... em minha opinião a família Nardoni inteira deveria ser indiciada, pois é nítido q eles estão omitindo fatos a respeito do caso.
O mundo está precisando de mais amor!!!

Unknown disse...

O caso da menina Isabela, me fez repensar o caso Daniela Perez. Glória, sou advogada e consultando a net, fiquei sabendo que a aberração da "Paula Nogueira Peixoto" formou-se em Direito. Sou advogada e não aceito esta "coisa" como colega de profissão. Acessei o site do Conselho Nacional da OAB, e lá não consta o nome dela como inscrita na Ordem. Desta forma, gostaria de saber se voce tem conhecimento se esta "coisa" (pessoa não pode ser) está inscrita na OAB. Pois caso afirmativo, irei enviar uma carta a OAB, pois tal fato é intolerável. Neste país, para ser Promotor de Justiça, a pessoa não pode ter um cheque devolvido, mas para ser advogado vale tudo!!! Ou seja, o crime compensa!! Voce comete um crime, e ganha um prêmio. Comete um crime, e faz faculdade. Concluindo, no Brasil as pessoas estão invertendo os valores. Dependendo até do que voce faz, voce pode até parar na capa da Playboy e ninguem se pergunta se o que voce voce fez é correto ou não. E nao quero pensar que quando chegar em um Tribunal, terei que chamar "assassino" de colega ou Doutor. Desculpe o desabafo, mas minha paciência já se esgotou e não quero sentir vergonha de ser advogada.

Ivy Farias disse...

Este caso é absurdo, mas mais absurdo é a forma como está sendo retratado, sem crítica alguma não só ao crime em si, mas ao nosso sistema judiciário e carcerário ridículo. O que mais indigna é ver que nem Daniella e nem João Hélio ajudaram a população a se mobilizar contra isso. Quantas Isabellas serão necessárias para mudar alguma coisa?

darlene disse...

Querida Gloria, você melhor do que ninguém sabe o que é isso, pois viveu uma experi~encia dolorosa, me admira a frieza desse casal e me admira mais ainda a passividade dessa mãe...Não estou dizendo que ela deveria rasgar-se toda e aparecer dando escândalo, mas comenta-se que em discussão com o casal por conta da miséria da pensão de 250,00 ela havia afirmado que não tinha condições de cuidar da menina sozinha e que se não houvesse ajuda do pai era melhor que a menina morresse...
Espero que seja mentira, mas se isso realamente aconteceu dá para entender o pq esta mãe está se calando diante de todos esses fatos.
Não consigo entender como alguém que perdeu uma filha esteja tão sossegada...
Sabemos como é o ritmo do nosso judiciario e minha pergunta é: Pq essa mãe não fez um abaixo assinado no dia da missa do padre Marcelo para colher assinaturas e encaminhar para o congresso com projeto de Lei pedindo que crimes de homicídio e principalmente um crime tão hediondo como esse tenha prioridade e seja julgado em 30 ou 60 dias sei lá ao invès de esperar 2 anos que com certeza é o que vai acontecer...
Não cabe a mim julgar a conduta dessa mãe, mas com certeza oportunidade ele teve e está tendo para pelo menos tentar mudar algo, mas acho que falta iniciativa ou até mesmo coragem...

Unknown disse...

Com todo o respeito Darlene, jah lhe passou pela cabeca que algumas pessoas nao tem a garra de outras? Que diante de uma dor tao grande ficam paralisadas? A passividade dela lhe surpreende mais que a frieza do casal??? "Comenta-se que..." Esse tipo de afirmacao so deve sair de nossas bocas quando temos certeza do que estamos falando, acredito que a ultima coisa que essa mae precise eh que agora comecemos a apontar nossos dedos na direcao dela.
Agora em uma coisa concordo com voce, nao cabe a voce e nem a nenhum de nos julgar as atitudes de uma pessoa que esta passando pelo que ela esta passando.
Mas temos a liberdade de tomar uma atitude se quisermos...Acredito que qualquer um possa iniciar o processo de colher assinaturas para tentar mudar algo no nosso codigo penal. Voce mesma poderia fazer isso...afinal nao seria so para ela nao eh?

"Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coracao"(Renato Russo)

Unknown disse...

Glória,
Também não acreditei quando assisti a entrevista. A todo momento eles alegavam inocência, martelavam na hipótese de uma terceira pessoa; e quando era questionado, o pai se dizia emocionado e não respondia por estar "sem palavras", enquanto a madrasta chorava ao declarar seu amor pela enteada. Não estou acusando ninguém: não tenho este direito e até por que não sou a delegada ou promotor do caso para estar por dentro de todos os detalhes. Mas tenho a minha opinião, que é a mesma que 99% do povo brasileiro. No dia seguinte, por curiosidade, perguntei a muitos conhecidos e amigos, o que teriam achado do casal no fantástico. A verdade é que aquela entrevista só piorou; a população está mais revoltada!
Para mim, o cúmulo da entrevista, foi a madrasta dizer que várias vezes a menina a chamou de "mamãe". Independente se isso é verdade ou não, ainda mais baseando-se no histórico de brigas e ciúmes entre a madrasta e a mãe; e na atual circunstância, isso não é algo que uma pessoa normal falaria em rede nacional.

O que não entra na minha cabeça é: como uma "família" que nos vídeos transbordam harmonia e amor, e 5 horas depois, o pai joga a filha do sexto andar, após a mesma ser espancada e asfixiada...??

Jalul disse...

A entrevista foi algo mais que nojenta. O entrevistador, brecado em razão das imposições da família Nardoni, em nada se parecia com o experiente reporter policial. O relato do casal, formado por dois péssimos atores, apenas causou maior indignação à população que assistia ao bizarro programa de domingo global.
Você tem toda razão.
Um enorme abraço

Anônimo disse...

Pois é, ao assistir esta entrevista fiquei completamente indignada!!!
Como podem existir pessoas assim...
Eles insistem em dizer que tinha uma terceira pessoa!!!
Na minha opinião, isto é a maior mentira porque, mesmo que tivesse um assaltante na casa, ele não iria agir dessa forma, qual o objetivo dele de cortar a grade da e jogar uma criança pela janela, isso não tem cabimento... Ele ia era tentar fugir, ou, sei lá, até seqüestrar a criança para conseguir o que quer... mas fazer isso ele não iria fazer não.
Isto é atitude de gente fria, calculista e perversa.

Lu-Bau.Blog disse...

Glória, tb fiquei revoltada com a entrevista. Deu até dor de cabeça em mim! Eu tenho uma dúvida e acho que você pode me responder. Abaixo-assinado virtual pedindo mudanças no códio penal vale para que o Congresso mude? Ou só vale o tradicional? Tenho recebido alguns links de abaixo-assinado mas temo que da nada vale.
E fique com Deus.

ALEX SPINOLA disse...

Pois é,o abismo entre lei e justiça é enorme.Casos como este estão fadados ao nada, ao coisa alguma.Matar custo pouco, por isso assassinos jogam crianças pela janela,arrastam pelo asfalto,outros esquartejam mulheres,abusam de meninos e meninas sedados em consultórios...a lista é grande.As "brechas" em processos deste tipo abre espaço são tantas que logo vítimas transforman-se em réus.Isabella precisava ser "corrigida" , um homicído triplamente qualificado vira lesão corporal grave seguida de morte.Os assassinos não tinham intenção de matar, só educar.Educaram até a morte!!Deus, que país e esse?