sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Coisas da Índia: Shantala


Shantala é o nome dessa mãe que Frédéric Leboyer encontrou em Calcutá, massageando seu bebê.

Fascinado pela arte, que além de aprofundar a intimidade, a cumplicidade, e os laços de carinho e confiança entre mãe e filho, traz uma imensa sensação de bem estar aos bebês, ele a difundiu no ocidente, e deu à massagem o nome de Shantala.

É um dos belos costumes indianos que você vai ver em Caminho das Índias.

dona Laksmi e tio Karan

Laura Cardoso é mãe de OPASH (Tony Ramos). Como sogra, a pessoa mais importante da casa. Quem vai sofrer muito nas mãos dela é a nora INDIRA (Eliane Giardini)

Na família indiana é assim: a dona do pedaço é sempre a mais velha da família. Mas ela terá um oponente à altura: é o bem humorado tio KARAN (Flávio Migliaccio)



quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ainda o Workshop

Presente do Augusto Fonseca:uma foto do Harmonia Enlouquece no nosso workshop.

Cantamos muito junto com eles! Obrigada, Augusto!


Nosso workshop - segundo dia

Emocionante, comovente. Foi assim o nosso encontro de ontem com o pessoal da saúde mental.

Os trabalhos foram abertos com a belissima apresentação de um grupo de dança, e eu fico devendo a foto e mais informações para vocês, porque na hora em que se apresentaram não consegui fotografar.

Na entrada, recepcionando a todos, o profeta Gentileza:



Detalhe da mesa redonda, composta por psiquiatras e psicólogos do Pinel, do CPRJ, do Nise da Silveira e da UFRJ. Com o microfone na mão, o Julio, um exemplo de superação, que deu um belo depoimento sobre as dificuldades de sua condição e tocou gaita para nós.



Na parte da tarde, nosso grand finale, com a apresentação da banda Harmonia Enlouquece, do CPRJ.

O Hamilton e o Luis Mário deram depoimentos emocionantes, e tudo acabou música. Hamilton arrasou mais uma vez, cantando suas composições. E pra terminar, chamou o Bruno Galgliasso para cantar Maluco Beleza junto com ele.

Perguntem se alguém conseguiu ficar parado!





terça-feira, 26 de agosto de 2008

Nosso Workshop - Índia

Hoje foi o primeiro dia do nosso Workshop. Um encontro alegre e entusiasmado de toda a equipe para falar da Índia.

Na parte da manhã tivemos uma palestra brilhante do professor Leandro Karnal, e na parte da tarde um encontro com indianos que vieram morar no Brasil e brasileiros que foram morar na Índia.

O comitê de recepção eram tipos populares das ruas indianas. Vejam uma amostra -o saddhu e o dentista:


Logo na entrada, a fotografia do deus Ganesha, onde era distribuído o material de pesquisa feito pela equipe de arte, dirigida pela Ana Maria Magalhães. E tudo terminou em grande estilo, com uma apresentação da dança indiana. Na foto, Sarawasti, filha do cônsul da Índia em BH, Cassiana, professora assistente, nossa Karina e Sandra Regina, a coreografa.



Vera, Tony, Julinha e eu. Na outra foto, o casal indiano que tem sido fundamental, tanto para mim quanto para os atores. Eles são físicos nucleares de São Paulo, e como pertencem à casta brâmane, cumprem a obrigação de oficiar as cerimônias religiosas.

domingo, 24 de agosto de 2008

Diwali, o festival das luzes

O Diwali é a maior celebração da Índia, e marca a passagem do ano lunar.

Nessa noite, Laksmi, a deusa da prosperidade, visita as casas, por isso todas devem estar muito limpas e iluminadas, e as pessoas devem vestir suas melhores roupas e enfeitar-se com as joias mais bonitas para recebe-la.

Foi nessa data que o heroi Rama conseguiu resgatar sua amada Sita, que havia sido sequestrada por um demônio. Ele a leva de volta para casa numa noite escura, de lua nova, e é por isso que todos os indianos acendem suas lamparinas e soltam fogos, de modo a iluminar o caminho para Rama e Sita.

O Diwali é a celebração de um tempo de fartura e de renovação. Um dia antes da festa começar, os comerciantes costumam fechar o livro-caixa com um ritual a Laksmi. Nessa ocasião, é trazido diante da deusa o dinheiro lucrado durante o ano, para que ela o multiplique. Ao final do Diwali, nova cerimônia marca a abertura do novo livro-caixa.

Vejam que beleza ficam as cidades indianas durante a festa da luzes:




sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Bhangra dance

Esse é o ritmo que não deixa indiano nenhum ficar parado. E é essa alegria que a gente quer trazer pra Caminho das Índias.

O bhangra é da região do PUNJAB, e nasceu dos festejos que os agricultores faziam para saudar a chegada da primavera e o tempo das colheitas.

Vejam como o bhangra influenciou muitos dos gêneros musicais das nossas paradas de sucesso:

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Gay Parade na Índia

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sábado, 16 de agosto de 2008

Caymmi

Caymmi foi embora como disse o Danilo: docemente, baianamente, como viveu.

Um video pra gente sentir uma saudade boa:

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Nosso Shankar

Lima Duarte é Shankar, um físico brâmane, que acolhe e cria como filho o menino intocável, BAHUAN (Márcio Garcia).

É através dele, da orientação de vida que dá ao discípulo rebelde, que vamos conhecer os valores morais e éticos do hinduísmo, e passear pelos ensinamentos dos seus livros sagrados:

Querem uma provinha dessa sabedoria milenar repassada por SHANKAR?

O Bem e o Mal precisam existir juntos, para que o homem possa escolher

operação de guerra: sikh pondo turbante

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Karina Ferrari

Essa pequenina é mesmo o que diz o nome: uma Ferrari na dança: em qualquer tipo de dança! Karina foi descoberta pela coreógrafa e pesquisadora Sandra Regina, e vem lá de Guadalupe, com toda a força, para encantar adultos e crianças com a alegria da dança indiana!

Em Caminho das Índias ela é ANUSHA, filha de AMITAB (Danton Melo) e SURA ( Cleo Pires)

Aqui, ela dança na abertura dos nossos trabalhos de ambientação à cultura indiana. O figurino caprichou. E a maquillagem também: ela não está mesmo uma indianazinha perfeita?

domingo, 10 de agosto de 2008

A Antígona brasileira: Vera de Acari


Chegando de Brasília recebi o telefonema da Iracilda, de Vigário Geral, dando a notícia: Vera morreu.

Durante esses anos estivemos juntas, lado a lado, irmãs na dor maior que é a de perder um filho. Eu vi alguma justiça ser feita. Justiça capenga, mas a que era possível: Vera não viu nenhuma!

Ela teve a filha, Cristiane, assassinada junto com outros jovens da comunidade de Acari, e lutou como lutou Antígona, pelo direito de enterrar seu corpo.

Ninguém que leia nos jornais algumas linhas sobre a morte da Vera, poderá supor de quanta garra e de quanta força essa mulher foi capaz. Pobre, doente, ela vivia em romaria cobrando investigação. E chegou a cavar, com as próprias mãos, cemitérios clandestinos, quando as autoridades se recusaram a fazê-lo.

Formava, junto com as mães dos outros jovens assassinados na mesma ocasião, o grupo que ficou conhecido como Mães de Acari.

Lembro uma das vezes que vieram jantar aqui em casa, e me contavam, desesperadas, sobre a última descoberta da polícia: um sítio onde seus filhos teriam sido atirados aos leões criados ali, de modo a que nada restasse das vítimas

Um dia fui chamada para dar uma palestra sobre violência e mudança de leis para as mulheres que formam o Grupo do Terço, liderado pela Glorinha Severiano Ribeiro. Levei as mães de Acari, para que contassem sua história, e como foi bonito e amoroso o encontro entre aquelas mulheres e as mães da comunidade. Nasceu entre Glorinha e elas um afeto que permanece até hoje.

Assim era a nossa Vera. Se fazia querida onde chegasse. Sábia, generosa, solidária, conquistava a todos com sua fala emocionada e inteligente. Será inesquecivel não só para quem compartilhou de sua luta, mas com certeza para todos os Ministros da Justiça que, ao longo desses anos, ocuparam o cargo e a receberam muitas vezes em seu gabinete.

Morreu carente de tudo, sem nenhuma assistência do Estado que tanto lhe devia. Ela não lutou por pensões, não lutou por mais nada: só queria enterrar sua filha! e não conseguiu!

                                                                MISSA DO 7 DIA

RECADO DA IRACILDA, DE VIGÁRIO GERAL: Glória, peço permissão para usar seu blog para anunciar a missa da nossa amiga GUERREIRA VERA LUCIA FLORES LEITE. A missa será realizada na IGREJA DA CANDELÁRIA , CENTRO ÀS 10:00 HS, NO DIA 15/08, SEXTA FEIRA.Contamos com a presença de todos que admiravam sua luta.Obrigada

Dia dos Pais: meu vô Giuseppe

Posts atrás falei de meu pai. Hoje quero lembrar meu avô Giuseppe.

É a lembrança mais doce da minha infância: meu vô anarquista, que ditava livros contra todo e qualquer poder constituído -a escriba era eu. Seu alvo maior: o papa, segundo ele, como bom anarquista, fonte de todos os males da humanidade.

Mas como bom italiano também, apesar de toda a ira santa contra a madre Igreja, quando passava muito mal da asma, ele sabia de cor o nome de todos os santos da folhinha, e clamava por todos eles!

O entrevero com minha avó, católica fervorosa e praticante, era constante, mas tudo acabava bem: sabiamente, só brigavam em dialeto, e um não entendia o que o outro dizia.

Vovó enchia a casa de padres: padre José, padre Pelegrino todos tomavam café e faziam refeições lá em casa, que ficava bem ao lado da igreja. Vovô revidava: um dia chegou dizendo que ela pusesse a melhor toalha e a melhor louça na mesa, porque iam receber visitas muito importantes. Assim fez minha avó. E a casa se encheu de operários e trabalhadores braçais que ele arrebanhou pelo caminho. Vovó quase infartou, mas foi uma ceia linda!

Vovô nasceu em San Marco Argentano, era operário mecânico e tinha o maior orgulho do seu ofício e da sua competência nele. Hoje eu sinto falta de ver nas pessoas esse amor ao que faz, agora substituído por uma sede insaciável de sucesso e de exposiçào.

Ele me deu o presente de aniversário mais precioso dos quanto tenho ganho ao longo da vida: são três ursinhos pequenos, cabem numa mão, comprados numa farmácia de Rio Branco: o maiorzinho é dourado, o do meio marrom e o menorzinho amarelo. 

Mas nenhuma lembrança do vô Giuseppe ficaria completa sem a lição que ele repetia sempre para mim e para meu imão Saulo, de modo a nos incutir o ideário anarquista:

ACIMA DA CABEÇA DE UM HOMEM, SÓ O SEU CHAPÉU!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Jantar Mantar

Esse impressionante observatório está localizado na parte sul do palácio de Jaipur, a cidade rosa. Foi construído entre 1728 e 1734 pelo imperador Singh. É um conjunto de instrumentos de dimensões monumentais, extraordinários em sua precisão.

Eles podem determinar o movimento e a posição dos planetas, das constelações e das estrelas, prever os eclipses, determinar a data da chegada das monções, a temporada das grandes chuvas, e muito mais. Vejam uma boa descrição que encontrei na internet:

O grande relógio de sol, Samrath Yantra, com quase 30 m de altura, indica a hora local com uma precisão de 2 segundos. Um relógio duplo de sol (Narivalaya Yantra), formado por dois planos circulares em forma de fatias, indica, na parte norte, o tempo local, em Jaipur, entre o dia 22 de março e o dia 22 de setembro; o do sul permite a leitura das horas do semestre de inverno.
Os instrumentos de medição planetária, o Jai Prakash Yantra, em forma semi-esférica encravada na terra, para fins astrológicos, foi projetado pelo próprio marajá. Nos segmentos de mármore encurvados encontram-se encrustradas as linhas azimutais, o meridiano local e o equador celestial. Quatro arames seguram um pequeno anel sobe o centro, de modo que a sua sombra projetada sobre as linhas se movimenta. Um dos instrumentos mais complexos é o Brihat Samrat Zantra, um relógio de sol de dimensões gigantescas, com 44 metros de comprimento e 27 metros de altura.

O conjunto do Jantar Mantar adquire, além do mais, um valor escultórico e de obra arquitetônica sui-generis, sendo cada vez mais considerado em estudos de organização espacial nas suas vinculações com o espaço cósmico.
Uma antiga descrição desse Observatório, transmitido na literatura de viagens de fins do século XIX e início do XX, levada por imigrantes alemães ao Brasil, reconhecia a importância extraordinária de Jantar Mantar:

"Entre as coisas mais maravilhosas que se pode ver no mundo é um grande pátio chamado Observatório, onde um antepassado do atual soberano, que era um apaixonado pela Astronomia, mandou construir uma série de instrumentos singulares, praticamente incompreensíveis para o leigo e destinado à determinação de alturas polares, tempos solares, localizações de estrelas e similares. Mas, ao contrário de um menino brincando que construisse algo semelhante em miniatura, o fêz em dimensões fantasticamente gigantescas e preciosamente em paredes sólidas e de mármore. Ali se vê, por exemplo, uma espécie de relógio solar, cujos ponteiros são constituídos por um triângulo verticular de 27 metros de altura. As sombras do sol caminham durante o dia sobre um semi-arco enorme, singularmente encurvado, de tal tamanho, que superam 3,9 m por hora; o Astrônomo real tinha assim o prazer de vê-lo andar confortavelmente a olhos nús." (Trad. port. de Georg Wegener, "Die rosenrote Stadt". In: Rund um die Erde (...), Berlin: W. Herlet, s/D,511 ss.,515)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um indiano no Brasil

Esse depoimento eu encontrei no blog da Sandra Bose, e estou postando aqui, porque ele tem tudo a ver com o assunto de Caminho das Índias: nós também parecemos muitas vezes exóticos e absurdos, quando vistos sob a perspectiva de uma outra cultura.

O olhar do indiano Santosh Kumar, que morou 6 meses no Brasil, funciona como um espelho, revelando aspectos do nosso modo de vida que deixamos de perceber, por acreditarmos -como é comum em todas as sociedades- que nossa forma de encarar o mundo é a mais lógica e narural!
Vale a pena refletir sobre as observações do Santosh!

Eu sou o Dr. Santosh. Eu tive o prazer de visitar o Brasil de Setembro, 2005 a Março, 2006.Não é necessário dizer que eu viajei para o outro lado do mundo, da minha terra natal, Índia.Eu fui para um país que não tem o inglês como língua de comunicação. Mas isso não me desencorajou porque eu estava indo para ficar com minha então namorada. Eu estava preparado para ver e encarar hábitos, comida e uma cultura totalmente diferente.

Eu tinha certeza de que não importa onde, os seres humanos são os mesmos em todo o mundo e tem as mesmas emoções de prazer, dor, amor, felicidade, tristeza, inveja, orgulho e choro.Eu me diverti muito durante minha estada de 6 meses. Eu conheci pessoas maravilhosas muito amigáveis, hospitaleiras, que fazem você sentir-se bem-vindo e acima de tudo humildes.

Eu tive não só a oportunidade de viajar para certos lugares mas também de participar e testemunhar varias atividades sociais, culturais e religiosas que eu devo dizer, foram um aprendizado. Embora eu tenha viajado bastante, eu fiquei basicamente no Rio de Janeiro e a maioria de minhas experiências baseiam-se lá.

Eu fiz um curso de Reiki. Eu fiz parte de um grupo de experts em Reiki que me levaram com eles a diversos hospitais do Rio de Janeiro e me fizeram dar energia de cura a idosos e doentes.Nestes hospitais, Eu recebi atenção especial pois as pessoas acreditavam firmemente que isso fosse uma antiga ciência Indiana e todos queriam receber o tratamento dado por mim. No inicio foi estranho pois ninguém do grupo entendia ou falava inglês. Nos comunicávamos por sinais e o pouquinho de Português que eu aprendi com o passar do tempo.

Eu tive lições particulares de Português em casa e embora eu não tivesse aprendido muito, eu era capaz de entender mais. Embora há mais de um ano eu não fale ou pratique Português, eu ainda me lembro o pouco que aprendi.O Rio era como um lar para mim pois morei lá como um habitante e não como turista.

Eu fui a cursos de inglês como Wizard, Yes, Cultura... e dei palestras aos alunos sobre a Índia e diversos assuntos. Eu sabia que precisava falar devagar porque os alunos não estavam acostumados com meu modo de falar inglês. Muitos me olhavam espantados devido ao meu sotaque e talvez até devido a minha aparência pois meu modo de vestir não era o mesmo modo casual dos Cariocas.

Naturalmente eles estavam curiosos sobre mim e meu país e eu os incentivei a me fazerem perguntas para que eu as respondesse. Assim eles tiveram que falar em inglês... coisa que não haviam feito antes, pondo a perder seus estudos em inglês.

Eu fiquei chocado como os jovens encaram os estudos. Eles nunca estudam. Eles não sabiam nada de nada. Eles não tinham nenhuma ambição, nenhum hoby ou interesse especial por nada. A única coisa que todos os jovens queriam sem exceção era um telefone celular, Internet e uma namorada ou namorado. Os pais não os encorajavam a estudar e isso não foi só no Rio, mas em Salvador, São Paulo... nas grandes cidades.

Se isso se dava nas cidades grandes, nas menores era pior. Eu não conheci nenhum jovem realmente interessado em fazer nível superior. Eu conheci dois alunos bons e fiquei feliz em conhece-los. Se os jovens de um país não se interessam em estudar... isso é péssimo para o futuro do país pois os jovens de hoje serão os lideres de amanhã e se são analfabetos, nada poderá ser feito para melhorar a situação.

Eu também observei que as pessoas não lêem muito jornal nem se quer os compram. Isso não é bom, pois é importante manter-se informado.

Eu fui convidado a dar uma palestra em uma escola e enquanto aguardava, para meu horror, eu vi crianças entre 3 e 7 anos de idade chegando a escola continuamente, sem parar por uma hora. Não havia tempo determinado para entrar na escola. As meninas chegavam usando batom e mechas coloridas nos cabelos.

Os alunos eram totalmente indisciplinados. Os professores também eram muito displicentes quanto a sua vestimenta dentro da escola. Os alunos inspiram-se nos pais e professores e se estes não impõe disciplina... o que se pode esperar das crianças???

Para piorar tudo... os jovens só estavam envolvidos em relações físicas e emocionais com seus namorados e os pais permitiam isso abertamente.

O problema pelo que eu entendi é que tudo era aceito pela sociedade... e nada era considerado mau ou errado. Assim o mau se torna igual ao bem. Não tem nada mau tudo acaba sendo bom pois é aceito pela sociedade.

Não há diferença entre legitimo e ilegítimo. Uma relação legitima ou uma criança recebe o mesmo tratamento do que uma ilegítima. Como isso pode ser possível???

A comida era boa mas era sempre a mesma onde quer que eu fosse e eu sempre acabava comendo feijão com arroz juntamente com galinha. Sendo Hindu, eu não deveria comer carne de vaca, mas comi e não gostei muito. A comida não tinha tempero, somente sal, cebola e alho. Comer era uma coisa muito chata e previsível. Eu gostei de comer comida Italiana, mas só isso.

Eu também achei muito estranho e rude as pessoas me convidarem para jantar e oferecer somente Coke e Guaraná com biscoitos. Eu ficava com fome durante a noite. Eu acabei dizendo para minha namorada não aceitar mais convites para comer a noite a menos que fosse servido realmente um jantar.

Também achei extremamente mal educado as crianças de qualquer idade chamarem os adultos por seus nomes e eles permitirem. Isso era ridículo porque ninguém no mundo teria coragem de chamar Bill Gates como Bill Gates em condições normais. Por que não se tem respeito ao falar com os mais velhos no Brasil???

Observei que se fuma menos no Brasil do que na Índia mas quando eu via alguém fumando.... geralmente era uma mulher. Neste caso na Índia é diferente pois aqui os homens fumam mais que as mulheres.

Eu não estou escrevendo isso tudo com má intenção. Estou dando minha sincera opinião baseado em minhas experiências no Rio e lugares por onde viajei, isso não significa de modo algum que eu não ame o Brasil. Eu amo o país, as pessoas, o oceano e a natureza. Eu aprendi muito aí e eu gostaria de retornar assim que possível.

Se de alguma forma eu magoei o sentimento de alguém eu peço desculpas. Há sempre dois lados em uma mesma moeda e há milhares de maldades e coisas erradas na Índia e o Brasil não é exceção. Eu não poupo meu país quando vejo coisas erradas acontecendo, segundo minha compreensão.

O Brasil é um país maravilhoso, amoroso e carinhoso e eu o amo.
Como bem disse a Sandra Bose: Incredible Brasil!

sábado, 2 de agosto de 2008

Chega de ser bonzinho!

Caco Ciocler será um adorável cafajeste em Caminho das Índias!