sábado, 15 de setembro de 2007
Hoje passei pelo centro da cidade. As ruas antigas, os casarões coloniais com suas sacadas, seus azulejos, tudo tão maltratado que dói na gente. A avenida Rio Branco não tem mais nenhuma semelhança com aquela retratada por Malta. Restam poucas construções que lembram a nossa belle époque: a maioria delas foi derrubada para dar lugar a edifícios imensos, e ali onde estava o belo palácio Monroe, hoje temos um estacionamento.
Outros países preservam seu centro histórico e constroem o moderno para além daqueles limites. Entre nós prevalece uma mentalidade que confunde o antigo com atraso, a natureza com atraso. E quanta coisa tem sido sacrificada a essa idéia falsa. A Amazônia, inclusive.
Na Rio Branco onde me criei as ruas eram arborizadas com mangueiras frondosas. Pois bem. Um dia, pouco depois que deixei o Acre, um prefeito disposto a modernizar a cidade mandou derrubar todas elas.
Fiquei sabendo pelo acreano Carlito Melo que a gameleira, marco da fundação de Rio Branco, escapou da derrubada graças à Diná, mulher do nosso médico, o dr Augusto, que armou-se de um machado e se postou à frente da árvore centenária, ameaçando abater quem levantasse a mão contra ela.
Grande Diná!
OBS. Hoje, 19/09, Carlito escreveu fazendo uma correção. Aí vai ela:
Glorinha, a salvação da gameleira foi comandada pela mulher do Rufino Vieira e não foi com um machado e sim com um terçado.Ela disse ao prefeito o sr. derruba e lhe degolo.
Um beijo grande,
Carlito
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
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