quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pausa poética

terça-feira, 11 de setembro de 2007


Adoro cordel. Quando menina, nos domingos do Acre, escutei muito cantador, e assim aprendi a história de Cancão de Fogo, da Donzela Teodora, do Pavão Misterioso e tantas outras. Nesse departamento, um dos poetas que mais me impressiona, ontem como hoje, é Zé Limeira. Aí vai um pouquinho dele pra esse final de noite:

"Eu me chamo Zé Limeira
Da Paraíba falada,
Cantando nas Escritura,
Saudando o pai da coalhada,
A lua branca alumia,
Jesus, José e Maria,
Três anjos na farinhada."

"Jesus foi home de fama
Dentro de Cafarnaum,
Feliz da mesa que tem
Costela de gaiamum,
No sertão do cariri
Vi um casal de siri
Sem comprimisso nenhum."

"Napoleão era um
Bom capitão de navio,
Sofria de tosse braba
No tempo que era sadio,
Foi poeta e demagogo,
Numa coivara de fogo
Morreu tremendo de frio."

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